terça-feira, 22 de junho de 2010

Islamismo, a religião que mais cresceu nas últimas décadas

Após o atentado do 11 de setembro, muito se tem falado sobre a religião islâmica que esconde, por baixo de suas túnicas, um mundo muito mais interessante do que se imagina.

A religião é monoteísta, assim como o cristianismo e o judaísmo. Acredita-se na existência de um único deus: Alá. Ela está presente em todos os continentes e, para surpresa de muitos, nem todos os muçulmanos são árabes. Apesar de ter sido fundada na atual região da Arábia Saudida, pesquisas indicam que hoje em dia o Oriente Médio reúne apenas 18% da população muçulmana do mundo, enquanto que 30% se reunem na Índia e no Paquistão.

A religião, que se baseia no livro sagrado "Corão", foi criada pelo profeta Maomé quando, aos 40 anos, recebeu a visita do anjo Gabriel que lhe transmitiu a existência de um único deus, Alá. Reza a tradição islâmica que "Alá é o único Deus e Maomé é seu Profeta". O "Corão" é dividido em 114 capítulos e reúne todas as revelações que Maomé recebeu através do anjo Gabriel, inclusive o ensinamento de praticar a bondade, generosidade e justiça no relacionamento social.

O muçulmano deve orar cinco vezes por dia, ajoelhado em um tapete e voltado para Meca, cidade considerada sagrada pelos muçulmanos, pois foi ali que Maomé nasceu. Não há uma hierarquia dentro da tradição islâmica, com sacerdotes, bispos, etc, portanto as preces públicas são de responsabilidade de um dirigente, denominado imã, que são feitas em templos denominados mesquitas onde somente homens são admitidos.

A postura islâmica com relação à mulher é algo que vem chamando bastante atenção nos últimos anos. Ao contrário do que se pensa, a exclusão feminina não está presente nas fundações do islamismo. No "Corão", o que está escrito é que Deus espera a mesma fidelidade de ambos os sexos e lhes premiará igualmente. No entanto, o que se vê na realidade são países onde o Estado permite a poligamia e o muçulmano pode ter até quatro esposas. Pior que isso, algumas mulheres têm suas mãos decepadas por pintarem suas unhas, outras são espancadas ou executadas quando suspeitas de alguma transgressão.

O Islã, que ao pé-da-letra significa "submissão à Deus", ensina que após a morte, os justos serão recompensados com a vida eterna no paraíso. Foi daí que surgiu motivação para os atos de terrorismo contra os Estados Unidos no 11 de setembro, país considerado o “Grande Satã". Os mais fundamentalistas acreditam que suas tentativas de eliminar o “Satã” garantirão seu lugar no paraíso e, por isso, vale à pena morrer pela causa. Entretanto, é importante ressaltar que apenas uma minoria muçulmana crê que a violência contra outros povos e religiões é considerada uma forma de garantir a sobrevivência do Islã em seu estado puro.

Por Rafaela Gambarra

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