terça-feira, 29 de junho de 2010

O World Trade Center oriental


Localizado no país de Bahrein, um dos países mais próximos da cultura ocidental, o World Trade Center barenita é um famoso complexo com duas torres gêmeas muito semelhantes às destruídas em Nova York.

O Bahrain World Trade Center começou a ser construído em 2004 pela companhia dinamarquesa Ramboll e foi inaugurado em 2008. Com 50 andares, o complexo mede 240 metros de altura e é o primeiro arranha-céu equipado com turbinas eólicas - que juntas geram 675 KW, entre 11 e 15% da energia consumida pelas torres.

o projeto tem recebido vários prêmios por sustentabilidade, incluindo o 2006 LEAF Awards por ‘Melhor Uso da Tecnologia em um Grande Planejamento’ e prêmio de Desenho Sustentável do Mundo Árabe da Construção.

Por Rafaela Gambarra

Terrorismo vira história

Vítimas de tragédias durante a infância, grande parte dos assassinos em série e terroristas sofreram traumas que não foram curados após a maturidade, tornando-se, mais tarde, pessoas de caráter instável e, muitas vezes, perigosas.

Esse foi o caso do peruano Abimael Guzmán Reynoso, filho bastardo de um rico comerciante que por anos não o reconheceu como filho. Com cinco anos de idade, Abimael perdeu sua mãe, e passou a ser criado por alguns parentes. Com o intuito de formar uma guerrilha revolucionária, decidiu visitar a China e durante o curso período de tempo aprendeu a organizar assaltos, emboscadas, fabricar bombas e comandar ações revolucionárias. De volta para casa, Guzmán formou um grupo chamando Sendero Luminoso, que foi aos poucos ganhando espaço através de ataques terroristas ao próprio governo do, então presidente, Fernando Belaúnde Terry. Em setembro de 1992, a prisão de Abimael Guzmán deu fim às atividades dos senderistas.
Por outro lado, a disciplina e rigidez também podem causar sérios efeitos na cabeça de uma criança, como foi com Osama Bin Laden, famoso por comandar os ataques ao Estados Unidos em 2001. Filho do milionário saudita, Mohammed Bin Laden, Osamah conheceu um dos mentores da organização terrorista Al Qaeda na Universidade, enquanto estudava Engenharia. Guarnecido pela sua imensa fortuna, Osamah passou a se dedicar ao treinamento militar para a formação de novos guerrilheiros muçulmanos, injentando grandes quantidades de dinheiro na organização, da qual seria um dia líder.

Famoso pela ousadia dos seus ataques, Carlos Chacal é um dos terroristas mais conhecidos da história venezuelana. Chacal era uma criança calada e de poucos amigos, segundo seus colegas de classe. Obedecendo ao pai, foi estudar engenharia em Moscou e lá formou um grupo revolucionário objetivando acumular a maior quantidade de conhecimento possível para usá-lo na venezuela. Responsável por explodir o banco israelense Hapoalim, Chacal teve que fugir da França e passou a cometer pequenos atentados a jornais, cafés e embaixadas. Foi preso em 1997 e condenado a prisão perpétua.

Por Michelly Pedrosa

Zeitgeist, o filme

O termo "zeitgeist" é de origem alemã e significa "espírito de época" ou, ainda, "sinal dos tempos". O filme, produzido em 2007 por Peter Joseph, aborda temas como o Cristianismo (parte um), os ataques do 11 de setembro (parte dois) e o Banco Central dos Estados Unidos da América (parte três).

A primeira parte do documentário, intitulada intitulada "The greatest story ever told", analisa o que o autor considera ser a maior encenação da história da humanidade: a história de um Cristo e as religiões em si.

Já na parte dois, intitulada "All the World's a Stage", o filme sugere que o governo dos Estados Unidos tinha conhecimento destes ataques e que a queda do World Trade Center foi uma demolição controlada pelo próprio governo norte-americano. O filme assegura que a NORAD, entidade responsável pela defesa aérea dos Estados Unidos, tinha sido propositadamente baralhada no dia dos ataques com exercícios simulados em que os Estados Unidos estavam a ser atacados por aviões seqüestrados, justamente na mesma área dos reais ataques; mostra dezenas de testemunhas e reportagens que sugerem que as torres ruiram não por causa dos aviões, mas por explosões internas e sabotagens; demonstra as ligações entre a família Bush e a família Bin Laden, parceiros comerciais de longa data, entre outras teorias intrigantes e alarmantes acerca da política mundial atual. Segundo Miguel Reis, este seria um complemento do documentário (já postado aqui) do Loose Change.

Na terceira e última parte, no capítulo denominado "Don't mind the man behind the curtain", o autor faz uma abordagem da dominação mundial por parte dos sistemas bancários impostos sociedades modernas.

Assista aqui ao vídeo on line legendado em português: Google Vídeos

Por Rafaela Gambarra

[Saiba +] O ponto de vista de um muçulmano

Veja agora na íntegra a entrevista que deu origem a matéria literária da 2ª edição do jornal "Questão de Ordem"

Toque o interfone e espero na porta de entrada por um sinal que me conduza até meu entrevistado. "Assalam waleikum", diz alguém lá de dentro. Tiro as sandálias e o acompanho até a sala, onde conversarémos.
Com 28 anos, Ahmed Andrade trabalha com desenho publicitário e estuda Marketing Avançado. Descobriu a religião em 2007 e desde então freqüenta o Centro Islâmico de João Pessoa para meditar e se aproximar de Deus.


QO - O que você fez no dia 11 de setembro de 2001?
AA - Eu ainda era cristão em 2001, sO me reverti em 2007. Acordei tarde, liguei a tv e tinha um prédio em chamas em todos os canais. Fiquei eufórico quando ouvi falar de atentado terrorista. Comemorei efusivamente. Na minha cabeça de jovem os Estados Unidos estavam levando uma lição que mereciam. Fui me arrumar pra sair enquanto ouvia os relatos do atentado na rádio CBN. Só pensava em ir para a casa de um amigo que também devia estar comemorando. Fui com a bandeira do Brasil nas costas e chegando lá falamos o tempo todo que era bem feito, tentando, de alguma forma, justificar nossa alegria naquela hora.

QO - Você nao pensou que aquele ato prejudicou também a imagem daqueles muçulmanos que não compartilhavam da mesma ideia?
Prejudicou sim. Este atentado foi usado como justificativa para atacar o Afeganistão e o Iraque e para outras muitas medidas anti-islamicas pelo mundo, como confisco de dinheiro, e a criação de campos de concentração para muçulmanos, como Guantanamo.

QO - O que o 11 de setembro representou pra você?
AA - Tornou o islã mais evidente e de certa forma me fez pesquisar mais sobre o islã quando, ainda cristão, descobri (o que 30% dos americanos já sabem) que o 11 de setembro nada teve a ver com muçulmanos. Nem bons, nem maus muçulmanos, nenhum muçulmano. Porém, o 11 de setembro não foi o motivo, nem teve peso algum na minha conversão, foi apenas o que tornou o islã mais discutido, por sua vez mais visível para mim - que, até então, nada sabia sobre o islã. E daí, lendo, pesquisando, debatendo, descobri a única religião verdadeira diante de Deus.

QO - Por que você se converteu ao islamismo?
Minha conversão foi comparando os livros, comparando as teologias, buscando as fontes, os textos originais e etc... Indo fundo nas pesquisas, passei a ser muçulmano, no sentido de acreditar nos pontos básicos do islã, mesmo antes de conhecer o islã e saber que aqueles eram os pontos básicos da fé islâmica. Daí então, com o 11 de setembro, com o conflito na palestina e outros eventos, o islã foi ficando em evidencia e, conversando com muçulmanos na internet descobri que aquilo que eu já acreditava era islã. Em 2007 fiz minha Shahada (confissão de fé) diante de três irmãos aqui mesmo, em João Pessoa.

QO - Como sua família encarou a notícia que você havia mudado de religião?
AA - Não se opuseram de forma direta, mas vivem numa gangorra entre a aprovação e o não levar a sério. Minha mãe, é a única realmente religiosa entre eles, ela ainda nutre a esperança do meu retorno ao que ela chama de “a religião da família”.

QO - Por que vcs acreditam q não foram muçulmanos que atacaram o EUA?
AA - Uma boa evidência é que não houveram investigações para o caso. No mesmo dia do crime já haviam culpados. A investigação mais longa e complexa da história dos EUA foi para descobrir quem enviou as cartas com antrax para políticos americanos a partir de 11 de setembro. O antrax matou cinco pessoas, por que então, a maior investigação já realizada não foi sobre o World Trade Center que matou 3 mil?

QO - Como a religião muçulmana é vista aqui em João Pessoa?
Os pessoenses tem uma tendência a respeitar e a serem curiosos. Porém, há as exceções. Entre os céticos radicais há críticas baseadas sempre no medo imposto pelo terrorismo psicológico da mídia. E na outra ponta, há os cristãos mais afoitos. Entre esses cristãos há níveis de hostilidade que é fácil medir. Quanto mais interesses financeiros envolvidos, mais hostilidade. Mas essas são as exceções.

Por Michelly Pedrosa

O que mudou no mundo depois do 11 de setembro de 2001

Texto colaborativo. Escrito por Hanna Yousef Emile Safieh

O fato que melhor caracteriza a sociedade humana na segunda metade do século XX é uma grande demografia concentrada numa pequena geografia. Essa urbanização intensiva fragilizou as defesas da sociedade moderna, tornando-a alvo fácil da ação de grupos organizados que queiram atingi-la, provocando grandes danos, em termos humanos e materiais, por meios relativamente simples e que exigem a participação de um número reduzido de indivíduos. Exemplos desses alvos são os grandes prédios de escritórios, os grandes edifícios habitacionais e os locais de grande concentração de público.

O modelo econômico desenvolvido e posto em prática na segunda metade do século XX, baseou-se sobre um controle muito forte das fontes de energia, especialmente o petróleo, por parte das nações do primeiro mundo, além de sobrevalorizar o capital que concentram juntamente com sua tecnologia, em detrimento das matérias-primas e produtos agrícolas produzidos pelo terceiro mundo. A conseqüência disso foi uma migração acentuada do capital do terceiro para o primeiro mundo, empobrecendo ainda mais nações e povos, criando miséria e fome em grande escala em nível internacional, e dentro dos países, provocando uma concentração de renda na mão de um número cada vez menor de pessoas, em prejuízo das maiorias. Essa situação de exclusão socio- econômica de povos e de camadas de populações, transformou a sociedade contemporânea num barril de pólvora que necessita de soluções urgentes para não explodir, pois o tamanho da miséria e da fome resultou numa completa banalização da vida humana e fez da luta pela sobrevivência uma guerra sem quartel e da vingança uma moeda corrente. Um exemplo desse processo de negação do valor da vida aconteceu em setembro de 1995, no Japão, quando foram lançados no metrô de Tóquio vários sacos plásticos contendo o venenoso gás sarin, matando doze pessoas

Os acontecimentos de 11 de setembro foram mais um crime contra a nossa sociedade moderna e numa dimensão bem maior do que o exemplo anterior, fato que nos obriga a fazer algumas reflexões e considerações sobre a reação das nações face a eles, bem como os possíveis meios para preveni-los

A resposta imediata dos Estados Unidos, o país diretamente atingido, foi uma atitude puramente militarista, expressada pela declaração de guerra do presidente Bush contra o terrorismo. Essa atitude permitiu aos Estados Unidos de ocupar o Afeganistão, que é de grande interesse geopolítico e econômico para escoar o petróleo extraído das ricas jazidas em volta do Mar Cáspio. Essa atitude serviu também para ditadores em diferentes países do mundo aumentar o controle sobre os seus povos, e para países ocupantes, como Israel, ampliar a sua ocupação e repressão sobre o povo palestino

Em 11 de setembro de 2001, exauriu-se o modelo socio-econômico seguido pelas nações, e até este momento, o mundo não encontrou novos conceitos e valores para construir um novo modelo capaz de nortear o comportamento tanto entre as diferentes classes sociais de um mesmo país, como entre as diferentes nações, em âmbito internacional, e que volte a colocar o ser humano e seu bem-estar cultural e socio- econômico como objetivo central.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

O dia em que a Terra parou - Raul Seixas

Música de Raul Seixas com imagens dos atentados do 11 de setembro que retrata de forma humana as consequências do atentado no cotidiano das pessoas a ele diretamente ligadas.


Letra:

Essa noite eu tive um sonho
de sonhador
Maluco que sou, eu sonhei
Com o dia em que a Terra parou
com o dia em que a Terra parou

Foi assim
No dia em que todas as pessoas
Do planeta inteiro
Resolveram que ninguém ia sair de casa
Como que se fosse combinado em todo
o planeta
Naquele dia, ninguém saiu saiu de casa, ninguém

O empregado não saiu pro seu trabalho
Pois sabia que o patrão também não tava lá
Dona de casa não saiu pra comprar pão
Pois sabia que o padeiro também não tava lá
E o guarda não saiu para prender
Pois sabia que o ladrão, também não tava lá
e o ladrão não saiu para roubar
Pois sabia que não ia ter onde gastar

No dia em que a Terra parou (Êêê)
No dia em que a Terra parou (Ôôô)
No dia em que a Terra parou (Ôôô)
No dia em que a Terra parou

E nas Igrejas nem um sino a badalar
Pois sabiam que os fiéis também não tavam lá
E os fiéis não saíram pra rezar
Pois sabiam que o padre também não tava lá
E o aluno não saiu para estudar
Pois sabia o professor também não tava lá
E o professor não saiu pra lecionar
Pois sabia que não tinha mais nada pra ensinar

No dia em que a Terra parou (Ôôôô)
No dia em que a Terra parou (Ôôô)
No dia em que a Terra parou (Uuu)
No dia em que a Terra parou

O comandante não saiu para o quartel
Pois sabia que o soldado também não tava lá
E o soldado não saiu pra ir pra guerra
Pois sabia que o inimigo também não tava lá
E o paciente não saiu pra se tratar
Pois sabia que o doutor também não tava lá
E o doutor não saiu pra medicar
Pois sabia que não tinha mais doença pra curar

No dia em que a Terra parou (Oh Yeeeah)
No dia em que a Terra parou (Foi tudo)
No dia em que a Terra parou (Ôôôô)
No dia em que a Terra parou

Essa noite eu tive um sonho de sonhador
Maluco que sou, acordei

No dia em que a Terra parou (Oh Yeeeah)
No dia em que a Terra parou (Ôôô)
No dia em que a Terra parou (Eu acordei)
No dia em que a Terra parou (Acordei)
No dia em que a Terra parou (Justamente)
No dia em que a Terra parou (Eu não sonhei acordado)
No dia em que a Terra parou (Êêêêêêêêê...)
No dia em que a Terra parou (No dia em que a terra parou)


Por Othacya Lopes

Guerra ao terror: farsa, vingança ou justiça?


Menos de dois meses após os atentados de 11 de setembro de 2001, em 7 de outubro de, os EUA e seus aliados invadiram o país de 32,7 milhões de habitantes para derrubar o regime do grupo radical islâmico Talibã – aliado da rede terrorista Al Qaeda, responsáveis pelo ataque com boeings às torres do World Trade Center e à sede do Pentágono.

Sob o pretexto da "guerra contra o terror", os EUA invadiram também o Iraque, em 2003. O ex presidente dos EUA, George W. Bush, afirmava que o ex-ditador Saddam Hussein mantinha "armas de destruição em massa" e, assim, concentrou as ações americanas naquele país – as "armas de destruição em massa", porém, nunca foram encontradas.

Nenhum dos objetivos foi cumprido. Bin Laden continua escondido e, pior, segundo pesquisas constatamos que há alguns anos a CIA não recebe uma boa informação sobre o terrorista. Os talibãs foram retirados do poder, mas já recuperaram sua força e a violência impera no país.
Muitos a exemplo do atual presidente norte americano Barack Obama, são da opinião de que os EUA, ao se aventurarem no Iraque, perderam de vista o primeiro objetivo - capturar Bin Laden, que continua foragido, e o Afeganistão, com a guerra inacabável se tornou cada vez mais violento e incontrolável.

Barack Obama anunciou o fim da guerra do Iraque. Num discurso proferido em fevereiro de 2009, o presidente dos Estados Unidos confirmou a retirada total das suas forças até finais de 2011. Demonstrando assim que os EUA não podiam suportar indefinidamente um compromisso que provocou constrangimentos para o exército e que vai custar ao povo americano perto de um bilhão de dólares.

Apesar da “guerra ao terror” a ameaça contra os EUA ainda existe e essas guerras só conseguiram cultivar mais ódio contra os americanos que continuaram por anos os ataques.

Mas afinal, essa “guerra ao terror” era com o objetivo de encontrar Bin Laden, de vingar os atentados, de fazer justiça ou esse era apenas um pretexto para os ataques e as tentativas de dominação do Afeganistão, que apesar dos anos de guerra não se rendeu aos Estados Unidos? Essa é a base de muitas teorias que acreditam na farsa do 11 de setembro, tema que deu origem a uma série de filmes e livros.

Por Othacya Lopes

Steve McCurry, o fotógrafo que capturou os primeiros momentos da tragédia

Os primeiros momentos da tragédia do dia 11 de Setembro em Nova York foram documentados através da janela do seu escritório pelo fotógrafo Steve McCurry. Conhecido mundialmente pela famosa imagem da "Menina Afegã" que teve seu rosto estampado na capa da revista National Geographic, McCurry busca, em todos os seus trabalhos, revelar a alma do ser humano.

Nascido na Filadélfia na década de 1950, Steven McCurry já conquistou vários entre os mais importantes prêmios de fotografia que existem atualmente, entre eles o Robert Capa de fotografia, um prêmio dedicado aos fotógrafos que exibem excepcional iniciativa e coragem. Formado em artes cênicas, sua carreira como fotógrafo teve início quando começou a produzir imagens para o jornal de sua universidade, o The Daily Collegian.

Depois, atuando como freelancer, ele foi para Índia, onde aprendeu a observar e esperar a vida acontecer. "Quando a gente espera, as pessoas esquecem a sua câmera e a alma entra em cena”, disse em entrevista dada ao Estadão.

Desde então, McCurry sempre atua em zonas de conflito, fotografando normalmente em lugares como Índia, Tibet, Ásia, Japão, retratando as pessoas e seus mundos. Segundo ele, a foto que mais lhe marcou não foi a famosa "Menina Afegã", mas sim a de uma mãe junto de sua filha pedindo esmola na janela do táxi que estava, em Bombai (Mombai). Ele não se considera um fotógrafo de guerra, pois acredita que seu trabalho é mostrar a realidade humana durante um conflito nos rostos das pessoas

Por coincidência, o fotógrafo se encontrava a três quarteirões de distância das Torres Gêmeas no momento em que elas foram destroçadas. Acostumado a retratar desastres, o fotógrafo não pensou duas vezes: pegou a sua câmera e registrou o que foi sobrando das torres. Era 11 de setembro de 2001.

Por Rafaela Gambarra

Anistia Internacional condena os EUA

Em relatório divulgado pela Anistia Internacional publicado no último mês de maio, Os centros de detenção em Guantánamo (Cuba) e Bagram (Afeganistão), a tortura e os maus-tratos em prisões em solo americano, além da prisão de imigrantes, continuaram sendo em 2009 a vergonha dos Estados Unidos em matéria de direitos humanos.

Ainda segundo o relatório, não houve nenhuma prestação de contas pelas violações de direitos humanos na guerra ao terror cometidas pelos EUA. Pelo contrário, o governo continua a impedir que as vítimas dessas violações possam contar com recursos legais.

Apesar de ter se comprometido a fechar Guantánamo, 181 detentos ainda permanecem no local. Mais que isso, no Manual das Comissões Militares, divulgado pelo Pentágono em abril, confirmou que, mesmo que um detento seja absolvido por uma comissão militar, o governo dos EUA se reserva o direito de continuar a detê-lo por tempo indeterminado.

As pesquisas da Anistia Internacional registraram a ocorrência de tortura ou de outros maus-tratos em pelo menos 111 países, de julgamentos injustos em 55 países, de restrições à liberdade de expressão em ao menos 96 países e de prisioneiros de consciência encarcerados em 48 países.

No relatório, apela-se aos governos para que tratem de prestar contas de suas próprias ações, ratificando integralmente o Tribunal Penal Internacional (TPI) e assegurando que os crimes de direito internacional possam ser processados em qualquer lugar do mundo.

Por Rafaela Gambarra

[Saiba +] O que é uma Mesquita?

A Mesquita é um lugar sagrado para os muçulmanos. É lá onde eles se congregam para realizar as suas orações diárias.
A palavra “Mesquita” é uma tradução do árabe masjid, que quer dizer um lugar de prostração e deriva da raiz árabe sajada (raiz s-j-d, "prostrar-se", em alusão às prostrações realizadas durante as orações islâmicas). A palavra mesquita é usada para se referir a todos os tipos de edifícios dedicados ao culto muçulmano, embora em árabe seja feita uma distinção entre as mesquitas de dimensões menores e as mesquita de maior dimensão, que possuem estruturas sociais. Estas últimas são denominadas como "masjid jami".
As Mesquitas foram as primeiras instituições de ensino para os muçulmanos. Lá é o lugar onde se aprende sabedoria e virtudes. Desde o alvorecer do Islam, a Mesquita é uma escola, sendo assim ela representa desta forma, o primeiro instituto de ensino no Islam. Nas Mesquitas os muçulmanos, desde os tempos mais remotos, aprendem princípios e a pratica de sua religião.
O objetivo principal da Mesquita é servir como local onde os muçulmanos possam se encontrar para rezar. No entanto, as mesquitas são também conhecidas pelo seu papel comunitário e por serem as formas mais expressivas da arquitetura islâmica. Elas evoluíram significativamente desde os espaços ao ar livre que eram a Mesquita Quba e o Masjid al-Nabawi do século VII d.C. Hoje em dia, a maioria das mesquitas possuem cúpulas, minaretes e salas de oração que podem assumir formas elaboradas. Surgidas na Península Arábica, as mesquitas podem ser encontradas em todos os continentes em que existem comunidades muçulmanas. Não são apenas locais para o culto e a oração, mas também locais onde se pode aprender sobre o islão e conviver com outros crentes.

Por Othacya Lopes

Relembrando a tragédia que chocou o mundo - o 11/09/2001


As torres erguidas, o atentado, os pronunciamentos do ex presidente dos EUA George W. Bush e as consequências da tragédia que marcou a história da humanidade.

Por Othacya Lopes

OPINIÃO - O desumano gera atitudes desumanas



A mente humana é uma máquina geradora da criação. Pode-se ver muito disso nos dias atuais, em que a tecnologia tomou a frente das atitudes humanas, sempre se tem uma nova criação, o homem é fascinado pelo novo. A novidade, a visibilidade de um futuro o extasia. Mas na mesma proporção de construir as mais belas e desenvoltas tecnologias o homem se mostra capaz de cometer as maiores atrocidades, provocar os maiores desastres, causar as maiores tragédias já sofridas pela humanidade. E nesse ponto também não há ninguém que supere o homem como ele mesmo.

O homem cria para destruir, isso é uma antítese, visto que não é esse o objetivo da criação. Observamos a criação de bombas, que parecem serem feitas sem um sentido aparente, apenas para mostrar o poder bélico de uma nação, mas que geram as maiores guerras já vistas. Hiroshima e Nagasaki são os maiores exemplos até hoje, a Little Boy e a Fat Man deixaram desastres incalculáveis, e então onde está o sentido da criação?

O mais atual nessa discussão é Deus. Ué, Deus não é o criador? Será que ele manda destruir também? Pois é, os atentados terroristas têm aí a sua base, une-se a criação feita por Deus, ou seja: o homem, e uma das criações feitas pelo homem — as armas de destruição — que, sem nenhum pudor e apenas com a intenção de defender bases religiosas causam tragédias inenarráveis. “Homens”, sem nenhum pudor, tiram sua vida e a de milhares de pessoas, que muitas vezes não sabem nem o que se está se revogando, pessoas inocentes, por motivos religiosos, patriotais, culturais, e inúmeros outros. Aliás... Pode-se encontrar um motivo para tal atitude?

Os “humanos” são capazes de matar, de destruir aquilo que outros humanos com tanta labuta constroem. Afinal, o que é ser humano então? Qual o real sentido dessa palavra? Tudo bem que ser humano não significa ter de compartilhar dos mesmos ideais, mas pensando bem, será que essa humanidade não seria ao menos um motivo de união entre esses seres?

Vivemos, nos tempos atuais, o terror da incompetência de não sermos humanos, possuímos intrínseco ao nosso ser, a condenação a vivermos nos antros do egoísmo, aonde o “eu” traz consigo o imperialismo de um mundo onde se diz se pensar no próximo, mas, e aqui podemos colocar o exemplo dos nossos queridos políticos, quando sentem o poder dessa ‘humanidade’ só pensam em si. E afinal eu como humano tenho que estar inerentemente a favor dessa palavra grande e que traz consigo o peso do humano, a “humanidade”? Aparentemente sim, mas não é isso que se observa ao se pensar em pessoas capazes de dar sua vida em um sacrifício por um ideal que aparenta ser para um todo, quando ele sabe que vai encontrar um paraíso esperando por si. Encontra-se novamente o império do eu, do egoísmo, da criação em prol da destruição, do humano em prol do desumano.

O terror gera o terror, o desumano gera atitudes desumanas. Talvez seja hora de se colocar o ‘humano’ como canal de atenções para que quem sabe um dia, a paz não seja o ponto de chegada de uma humanidade que, apesar das guerras vai lutar, acima de tudo, por um lugar comum, um lugar de ‘ser humano’.


Por Othacya Lopes


domingo, 27 de junho de 2010

Prisão de Bagram: a Guantánamo esquecida no Afeganistão


Localizado à norte de Cabul, no Afeganistão, e construído em 2002 como uma prisão temporária em uma antiga base aérea soviética, o Centro de Detenção de Parwan tem cerca de 600 prisioneiros amontoados em péssimas condições. Militares que conhecem as prisões de Guantánamo e de Bagram descrevem a prisão afegã como sendo ainda mais rígida. Os prisioneiros têm menos privilégios, menor capacidade de questionar seu encarceramento e quase nenhum acesso a advogados.

Em entrevista dada a BBC (veja mais aqui), os ex-detentos afirmaram que eram espancados, impedidos de dormir e ameaçados com cães. Nenhum dos detidos havia sido acusado de crime ou julgado, simplesmente estavam sob suspeita de pertencerem ou ajudar a Al-Qaeda ou ao Talebã.

Pouco se tem conhecimento deste centro de detenção americano porque a imprensa é proibida de visitar o local. Em toda a base, as regras são rígidas para os jornalistas: não se pode tirar fotos ou fazer entrevistas se não estiver acompanhado por um oficial e, nos raros casos em que essas são feitas, não se podem revelar localizações exatas ou detalhes de operações.

Apesar de ter prometido que iria fechar o centro de detenção de Guantánamo antes do dia 22 de janeiro desse ano, Barack Obama, o atual presidente dos Estados Unidos, não chegou nem a mencionar o centro de detenção de Bagram em seus discursos na cerimônia de posse no início de 2009. Por não ter chegado a cumprir, até hoje, nem mesmo sua promessa em relação ao centro de detenção em solo cubano, pouco se espera que faça no que diz respeito a Bagram.

Por Rafaela Gambarra

Relato de um brasileiro 8 anos após a tragédia

"Em abril de 2009, eu passei pelo lugar onde antes se encontravam as torres e tirei algumas fotos. Por perto tem os predios que existiam antes, ali tudo é area comercial, então tem vários escritórios de várias empresas. No local das torres gemeas eles ainda estavam construindo as Freedom Towers.
Acredito que pelo menos a maioria dos norte americanos já tenha superado o que aconteceu e vivam suas vidas normalmente. Mas o que mais me chamou a atencao foi o fato de ainda existirem faixas e manisfestantes no local. Uma dessas faixas, eu ainda me lembro: dizia que o atentado foi feito pelos Estados Unidos para justificar a guerra deles contra o Oriente Médio (Al-Qaeda e Iraque) em busca de petróleo."

Relato do estudante Magno Rodrigues

Ex-pastor se converte ao Islamismo

Após 15 anos na presidência da Igreja Assembléia de Deus de Madureira, na Paraíba, o pastor João de Deus Cabral deixou o cristianismo para seguir a religião islâmica. Para o ex-pastor, as dúvidas e inquietações a respeito da Santa Trindade e de datas comemorativas como o Natal, impulsionaram sua busca por respostas mais eficazes.
Hoje, João de Deus dedica sua vida servindo a Alá e pretende, em breve, construir uma mesquita na Paraíba.

Assista ao vídeo onde o ex-pastor explica as principais diferenças entre a fé cristã e a fé islâmica, defendendo sua posição diante das duas religiões.






Por Michelly Pedrosa

terça-feira, 22 de junho de 2010

'Loose Change Final Cut' - Documentário sobre o atentado

Esse é um documentário que foi produzido no ano de 2007 e, inicialmente, pretendia ser um filme ficcional que teria como tema os atentados do 11 de setembro.
O Loose Change é um documentário baseado em uma pesquisa realizada pelo seu diretor, Dylan Avery que, em maio de 2002, com base na sua investigação, concluiu que o ataque terrorista não foi orquestrado e consumado por membros da Al Qaeda e sim por membros do governo dos Estados Unidos da América. Todo o cenário documental construído em torno da narrativa se baseia nas ‘anomalias’ percebidas pelos produtores no registro histórico dos atentados.
Muitas são as coberturas midiáticas que acusam os EUA de esconderem algo sobre os atentados. Esse, especificamente, é um documentário dividido em 13 capítulos, cada um com 10 minutos e que, com certeza, possui uma abordagem interessante e instigante acerca do terrorismo e, principalmente, acerca da postura norte americana. Será que o atentado foi mesmo obra do terrorismo?


Assista aqui à primeira das 13 partes do ‘Loose Change – final cut”.



Continuação: 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

Por Othacya Lopes

Islamismo, a religião que mais cresceu nas últimas décadas

Após o atentado do 11 de setembro, muito se tem falado sobre a religião islâmica que esconde, por baixo de suas túnicas, um mundo muito mais interessante do que se imagina.

A religião é monoteísta, assim como o cristianismo e o judaísmo. Acredita-se na existência de um único deus: Alá. Ela está presente em todos os continentes e, para surpresa de muitos, nem todos os muçulmanos são árabes. Apesar de ter sido fundada na atual região da Arábia Saudida, pesquisas indicam que hoje em dia o Oriente Médio reúne apenas 18% da população muçulmana do mundo, enquanto que 30% se reunem na Índia e no Paquistão.

A religião, que se baseia no livro sagrado "Corão", foi criada pelo profeta Maomé quando, aos 40 anos, recebeu a visita do anjo Gabriel que lhe transmitiu a existência de um único deus, Alá. Reza a tradição islâmica que "Alá é o único Deus e Maomé é seu Profeta". O "Corão" é dividido em 114 capítulos e reúne todas as revelações que Maomé recebeu através do anjo Gabriel, inclusive o ensinamento de praticar a bondade, generosidade e justiça no relacionamento social.

O muçulmano deve orar cinco vezes por dia, ajoelhado em um tapete e voltado para Meca, cidade considerada sagrada pelos muçulmanos, pois foi ali que Maomé nasceu. Não há uma hierarquia dentro da tradição islâmica, com sacerdotes, bispos, etc, portanto as preces públicas são de responsabilidade de um dirigente, denominado imã, que são feitas em templos denominados mesquitas onde somente homens são admitidos.

A postura islâmica com relação à mulher é algo que vem chamando bastante atenção nos últimos anos. Ao contrário do que se pensa, a exclusão feminina não está presente nas fundações do islamismo. No "Corão", o que está escrito é que Deus espera a mesma fidelidade de ambos os sexos e lhes premiará igualmente. No entanto, o que se vê na realidade são países onde o Estado permite a poligamia e o muçulmano pode ter até quatro esposas. Pior que isso, algumas mulheres têm suas mãos decepadas por pintarem suas unhas, outras são espancadas ou executadas quando suspeitas de alguma transgressão.

O Islã, que ao pé-da-letra significa "submissão à Deus", ensina que após a morte, os justos serão recompensados com a vida eterna no paraíso. Foi daí que surgiu motivação para os atos de terrorismo contra os Estados Unidos no 11 de setembro, país considerado o “Grande Satã". Os mais fundamentalistas acreditam que suas tentativas de eliminar o “Satã” garantirão seu lugar no paraíso e, por isso, vale à pena morrer pela causa. Entretanto, é importante ressaltar que apenas uma minoria muçulmana crê que a violência contra outros povos e religiões é considerada uma forma de garantir a sobrevivência do Islã em seu estado puro.

Por Rafaela Gambarra

segunda-feira, 21 de junho de 2010

[Saiba+] O WTC já foi alvo de outro atentado

O World Trade Center já havia sido alvo de um ataque terrorista no dia 26 de fevereiro de 1993. Por volta do meio dia, um caminhão Ford explodiu no subsolo G6 da Torre Norte, causando uma enorme cratera de 60 por 30 metros e aproximadamente quatro andares de profundidade. A energia elétrica foi cortada, os edifícios foram evacuados, a linha de metrô até Nova Jersey foi interrompida. Mas apesar dos danos causados – cinco pessoas morreram e mais de mil ficaram feridas -, a explosão não foi suficiente para derrubar o prédio.

A intenção dos terroristas era que a Torre Norte caísse sobre a Torre Sul, o que consequentemente devastaria toda a área do complexo. Os responsáveis pelo atentando foram descobertos pela Agência Central de Inteligência, a CIA, graças à placa do caminhão que foi encontrada nos escombros da garagem. O veículo, na verdade, pertencia a uma agência de aluguel de Nova Jersey e aquele que o alugara, o terrorista Ramzi Yousef, sem saber que a placa havia sido encontrada, embora bastante amassada, voltou à locadora para pedir de volta o dinheiro que havia depositado. Considerado mentor do crime, Youssef era financiado pelo seu tio, Khalid Sheikh Mohammed, um dos terroristas mais famosos do mundo e considerado o arquiteto dos atentados do 11 de setembro.

Até hoje ainda não se sabe a que grupo terrorista Youssef estava ligado naquela época, no entanto, no ano de 1995, foi descoberto que ele e seu tio estavam planejando, juntamente à organização Al-Qaeda, destruir onze aviões sobre o Oceano Pacífico, o que já seria um prenúncio do atentado às Torres Gêmeas. Atualmente, Youssef cumpre pena de prisão perpétua no Colorado, Estados Unidos.

Embora não tenha sido capaz de demolir as Torres, o atentado do ano de 1993 causou um prejuízo de 300 milhões de dólares à seguradora. Por outro lado, foi por causa desse ataque que muitas pessoas se salvaram no episódio do 11 de setembro: a Administração do Porto, após perceber as dificuldades que foram enfrentadas no resgate às vítimas, mandou instalar luzes de emergência em todas as escadas das torres, o que facilitou, e muito, o amparo àqueles que estavam nas Torres no atentado do 11 de setembro.

Por Rafaela Gambarra