terça-feira, 29 de junho de 2010

O World Trade Center oriental


Localizado no país de Bahrein, um dos países mais próximos da cultura ocidental, o World Trade Center barenita é um famoso complexo com duas torres gêmeas muito semelhantes às destruídas em Nova York.

O Bahrain World Trade Center começou a ser construído em 2004 pela companhia dinamarquesa Ramboll e foi inaugurado em 2008. Com 50 andares, o complexo mede 240 metros de altura e é o primeiro arranha-céu equipado com turbinas eólicas - que juntas geram 675 KW, entre 11 e 15% da energia consumida pelas torres.

o projeto tem recebido vários prêmios por sustentabilidade, incluindo o 2006 LEAF Awards por ‘Melhor Uso da Tecnologia em um Grande Planejamento’ e prêmio de Desenho Sustentável do Mundo Árabe da Construção.

Por Rafaela Gambarra

Terrorismo vira história

Vítimas de tragédias durante a infância, grande parte dos assassinos em série e terroristas sofreram traumas que não foram curados após a maturidade, tornando-se, mais tarde, pessoas de caráter instável e, muitas vezes, perigosas.

Esse foi o caso do peruano Abimael Guzmán Reynoso, filho bastardo de um rico comerciante que por anos não o reconheceu como filho. Com cinco anos de idade, Abimael perdeu sua mãe, e passou a ser criado por alguns parentes. Com o intuito de formar uma guerrilha revolucionária, decidiu visitar a China e durante o curso período de tempo aprendeu a organizar assaltos, emboscadas, fabricar bombas e comandar ações revolucionárias. De volta para casa, Guzmán formou um grupo chamando Sendero Luminoso, que foi aos poucos ganhando espaço através de ataques terroristas ao próprio governo do, então presidente, Fernando Belaúnde Terry. Em setembro de 1992, a prisão de Abimael Guzmán deu fim às atividades dos senderistas.
Por outro lado, a disciplina e rigidez também podem causar sérios efeitos na cabeça de uma criança, como foi com Osama Bin Laden, famoso por comandar os ataques ao Estados Unidos em 2001. Filho do milionário saudita, Mohammed Bin Laden, Osamah conheceu um dos mentores da organização terrorista Al Qaeda na Universidade, enquanto estudava Engenharia. Guarnecido pela sua imensa fortuna, Osamah passou a se dedicar ao treinamento militar para a formação de novos guerrilheiros muçulmanos, injentando grandes quantidades de dinheiro na organização, da qual seria um dia líder.

Famoso pela ousadia dos seus ataques, Carlos Chacal é um dos terroristas mais conhecidos da história venezuelana. Chacal era uma criança calada e de poucos amigos, segundo seus colegas de classe. Obedecendo ao pai, foi estudar engenharia em Moscou e lá formou um grupo revolucionário objetivando acumular a maior quantidade de conhecimento possível para usá-lo na venezuela. Responsável por explodir o banco israelense Hapoalim, Chacal teve que fugir da França e passou a cometer pequenos atentados a jornais, cafés e embaixadas. Foi preso em 1997 e condenado a prisão perpétua.

Por Michelly Pedrosa

Zeitgeist, o filme

O termo "zeitgeist" é de origem alemã e significa "espírito de época" ou, ainda, "sinal dos tempos". O filme, produzido em 2007 por Peter Joseph, aborda temas como o Cristianismo (parte um), os ataques do 11 de setembro (parte dois) e o Banco Central dos Estados Unidos da América (parte três).

A primeira parte do documentário, intitulada intitulada "The greatest story ever told", analisa o que o autor considera ser a maior encenação da história da humanidade: a história de um Cristo e as religiões em si.

Já na parte dois, intitulada "All the World's a Stage", o filme sugere que o governo dos Estados Unidos tinha conhecimento destes ataques e que a queda do World Trade Center foi uma demolição controlada pelo próprio governo norte-americano. O filme assegura que a NORAD, entidade responsável pela defesa aérea dos Estados Unidos, tinha sido propositadamente baralhada no dia dos ataques com exercícios simulados em que os Estados Unidos estavam a ser atacados por aviões seqüestrados, justamente na mesma área dos reais ataques; mostra dezenas de testemunhas e reportagens que sugerem que as torres ruiram não por causa dos aviões, mas por explosões internas e sabotagens; demonstra as ligações entre a família Bush e a família Bin Laden, parceiros comerciais de longa data, entre outras teorias intrigantes e alarmantes acerca da política mundial atual. Segundo Miguel Reis, este seria um complemento do documentário (já postado aqui) do Loose Change.

Na terceira e última parte, no capítulo denominado "Don't mind the man behind the curtain", o autor faz uma abordagem da dominação mundial por parte dos sistemas bancários impostos sociedades modernas.

Assista aqui ao vídeo on line legendado em português: Google Vídeos

Por Rafaela Gambarra

[Saiba +] O ponto de vista de um muçulmano

Veja agora na íntegra a entrevista que deu origem a matéria literária da 2ª edição do jornal "Questão de Ordem"

Toque o interfone e espero na porta de entrada por um sinal que me conduza até meu entrevistado. "Assalam waleikum", diz alguém lá de dentro. Tiro as sandálias e o acompanho até a sala, onde conversarémos.
Com 28 anos, Ahmed Andrade trabalha com desenho publicitário e estuda Marketing Avançado. Descobriu a religião em 2007 e desde então freqüenta o Centro Islâmico de João Pessoa para meditar e se aproximar de Deus.


QO - O que você fez no dia 11 de setembro de 2001?
AA - Eu ainda era cristão em 2001, sO me reverti em 2007. Acordei tarde, liguei a tv e tinha um prédio em chamas em todos os canais. Fiquei eufórico quando ouvi falar de atentado terrorista. Comemorei efusivamente. Na minha cabeça de jovem os Estados Unidos estavam levando uma lição que mereciam. Fui me arrumar pra sair enquanto ouvia os relatos do atentado na rádio CBN. Só pensava em ir para a casa de um amigo que também devia estar comemorando. Fui com a bandeira do Brasil nas costas e chegando lá falamos o tempo todo que era bem feito, tentando, de alguma forma, justificar nossa alegria naquela hora.

QO - Você nao pensou que aquele ato prejudicou também a imagem daqueles muçulmanos que não compartilhavam da mesma ideia?
Prejudicou sim. Este atentado foi usado como justificativa para atacar o Afeganistão e o Iraque e para outras muitas medidas anti-islamicas pelo mundo, como confisco de dinheiro, e a criação de campos de concentração para muçulmanos, como Guantanamo.

QO - O que o 11 de setembro representou pra você?
AA - Tornou o islã mais evidente e de certa forma me fez pesquisar mais sobre o islã quando, ainda cristão, descobri (o que 30% dos americanos já sabem) que o 11 de setembro nada teve a ver com muçulmanos. Nem bons, nem maus muçulmanos, nenhum muçulmano. Porém, o 11 de setembro não foi o motivo, nem teve peso algum na minha conversão, foi apenas o que tornou o islã mais discutido, por sua vez mais visível para mim - que, até então, nada sabia sobre o islã. E daí, lendo, pesquisando, debatendo, descobri a única religião verdadeira diante de Deus.

QO - Por que você se converteu ao islamismo?
Minha conversão foi comparando os livros, comparando as teologias, buscando as fontes, os textos originais e etc... Indo fundo nas pesquisas, passei a ser muçulmano, no sentido de acreditar nos pontos básicos do islã, mesmo antes de conhecer o islã e saber que aqueles eram os pontos básicos da fé islâmica. Daí então, com o 11 de setembro, com o conflito na palestina e outros eventos, o islã foi ficando em evidencia e, conversando com muçulmanos na internet descobri que aquilo que eu já acreditava era islã. Em 2007 fiz minha Shahada (confissão de fé) diante de três irmãos aqui mesmo, em João Pessoa.

QO - Como sua família encarou a notícia que você havia mudado de religião?
AA - Não se opuseram de forma direta, mas vivem numa gangorra entre a aprovação e o não levar a sério. Minha mãe, é a única realmente religiosa entre eles, ela ainda nutre a esperança do meu retorno ao que ela chama de “a religião da família”.

QO - Por que vcs acreditam q não foram muçulmanos que atacaram o EUA?
AA - Uma boa evidência é que não houveram investigações para o caso. No mesmo dia do crime já haviam culpados. A investigação mais longa e complexa da história dos EUA foi para descobrir quem enviou as cartas com antrax para políticos americanos a partir de 11 de setembro. O antrax matou cinco pessoas, por que então, a maior investigação já realizada não foi sobre o World Trade Center que matou 3 mil?

QO - Como a religião muçulmana é vista aqui em João Pessoa?
Os pessoenses tem uma tendência a respeitar e a serem curiosos. Porém, há as exceções. Entre os céticos radicais há críticas baseadas sempre no medo imposto pelo terrorismo psicológico da mídia. E na outra ponta, há os cristãos mais afoitos. Entre esses cristãos há níveis de hostilidade que é fácil medir. Quanto mais interesses financeiros envolvidos, mais hostilidade. Mas essas são as exceções.

Por Michelly Pedrosa

O que mudou no mundo depois do 11 de setembro de 2001

Texto colaborativo. Escrito por Hanna Yousef Emile Safieh

O fato que melhor caracteriza a sociedade humana na segunda metade do século XX é uma grande demografia concentrada numa pequena geografia. Essa urbanização intensiva fragilizou as defesas da sociedade moderna, tornando-a alvo fácil da ação de grupos organizados que queiram atingi-la, provocando grandes danos, em termos humanos e materiais, por meios relativamente simples e que exigem a participação de um número reduzido de indivíduos. Exemplos desses alvos são os grandes prédios de escritórios, os grandes edifícios habitacionais e os locais de grande concentração de público.

O modelo econômico desenvolvido e posto em prática na segunda metade do século XX, baseou-se sobre um controle muito forte das fontes de energia, especialmente o petróleo, por parte das nações do primeiro mundo, além de sobrevalorizar o capital que concentram juntamente com sua tecnologia, em detrimento das matérias-primas e produtos agrícolas produzidos pelo terceiro mundo. A conseqüência disso foi uma migração acentuada do capital do terceiro para o primeiro mundo, empobrecendo ainda mais nações e povos, criando miséria e fome em grande escala em nível internacional, e dentro dos países, provocando uma concentração de renda na mão de um número cada vez menor de pessoas, em prejuízo das maiorias. Essa situação de exclusão socio- econômica de povos e de camadas de populações, transformou a sociedade contemporânea num barril de pólvora que necessita de soluções urgentes para não explodir, pois o tamanho da miséria e da fome resultou numa completa banalização da vida humana e fez da luta pela sobrevivência uma guerra sem quartel e da vingança uma moeda corrente. Um exemplo desse processo de negação do valor da vida aconteceu em setembro de 1995, no Japão, quando foram lançados no metrô de Tóquio vários sacos plásticos contendo o venenoso gás sarin, matando doze pessoas

Os acontecimentos de 11 de setembro foram mais um crime contra a nossa sociedade moderna e numa dimensão bem maior do que o exemplo anterior, fato que nos obriga a fazer algumas reflexões e considerações sobre a reação das nações face a eles, bem como os possíveis meios para preveni-los

A resposta imediata dos Estados Unidos, o país diretamente atingido, foi uma atitude puramente militarista, expressada pela declaração de guerra do presidente Bush contra o terrorismo. Essa atitude permitiu aos Estados Unidos de ocupar o Afeganistão, que é de grande interesse geopolítico e econômico para escoar o petróleo extraído das ricas jazidas em volta do Mar Cáspio. Essa atitude serviu também para ditadores em diferentes países do mundo aumentar o controle sobre os seus povos, e para países ocupantes, como Israel, ampliar a sua ocupação e repressão sobre o povo palestino

Em 11 de setembro de 2001, exauriu-se o modelo socio-econômico seguido pelas nações, e até este momento, o mundo não encontrou novos conceitos e valores para construir um novo modelo capaz de nortear o comportamento tanto entre as diferentes classes sociais de um mesmo país, como entre as diferentes nações, em âmbito internacional, e que volte a colocar o ser humano e seu bem-estar cultural e socio- econômico como objetivo central.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

O dia em que a Terra parou - Raul Seixas

Música de Raul Seixas com imagens dos atentados do 11 de setembro que retrata de forma humana as consequências do atentado no cotidiano das pessoas a ele diretamente ligadas.


Letra:

Essa noite eu tive um sonho
de sonhador
Maluco que sou, eu sonhei
Com o dia em que a Terra parou
com o dia em que a Terra parou

Foi assim
No dia em que todas as pessoas
Do planeta inteiro
Resolveram que ninguém ia sair de casa
Como que se fosse combinado em todo
o planeta
Naquele dia, ninguém saiu saiu de casa, ninguém

O empregado não saiu pro seu trabalho
Pois sabia que o patrão também não tava lá
Dona de casa não saiu pra comprar pão
Pois sabia que o padeiro também não tava lá
E o guarda não saiu para prender
Pois sabia que o ladrão, também não tava lá
e o ladrão não saiu para roubar
Pois sabia que não ia ter onde gastar

No dia em que a Terra parou (Êêê)
No dia em que a Terra parou (Ôôô)
No dia em que a Terra parou (Ôôô)
No dia em que a Terra parou

E nas Igrejas nem um sino a badalar
Pois sabiam que os fiéis também não tavam lá
E os fiéis não saíram pra rezar
Pois sabiam que o padre também não tava lá
E o aluno não saiu para estudar
Pois sabia o professor também não tava lá
E o professor não saiu pra lecionar
Pois sabia que não tinha mais nada pra ensinar

No dia em que a Terra parou (Ôôôô)
No dia em que a Terra parou (Ôôô)
No dia em que a Terra parou (Uuu)
No dia em que a Terra parou

O comandante não saiu para o quartel
Pois sabia que o soldado também não tava lá
E o soldado não saiu pra ir pra guerra
Pois sabia que o inimigo também não tava lá
E o paciente não saiu pra se tratar
Pois sabia que o doutor também não tava lá
E o doutor não saiu pra medicar
Pois sabia que não tinha mais doença pra curar

No dia em que a Terra parou (Oh Yeeeah)
No dia em que a Terra parou (Foi tudo)
No dia em que a Terra parou (Ôôôô)
No dia em que a Terra parou

Essa noite eu tive um sonho de sonhador
Maluco que sou, acordei

No dia em que a Terra parou (Oh Yeeeah)
No dia em que a Terra parou (Ôôô)
No dia em que a Terra parou (Eu acordei)
No dia em que a Terra parou (Acordei)
No dia em que a Terra parou (Justamente)
No dia em que a Terra parou (Eu não sonhei acordado)
No dia em que a Terra parou (Êêêêêêêêê...)
No dia em que a Terra parou (No dia em que a terra parou)


Por Othacya Lopes

Guerra ao terror: farsa, vingança ou justiça?


Menos de dois meses após os atentados de 11 de setembro de 2001, em 7 de outubro de, os EUA e seus aliados invadiram o país de 32,7 milhões de habitantes para derrubar o regime do grupo radical islâmico Talibã – aliado da rede terrorista Al Qaeda, responsáveis pelo ataque com boeings às torres do World Trade Center e à sede do Pentágono.

Sob o pretexto da "guerra contra o terror", os EUA invadiram também o Iraque, em 2003. O ex presidente dos EUA, George W. Bush, afirmava que o ex-ditador Saddam Hussein mantinha "armas de destruição em massa" e, assim, concentrou as ações americanas naquele país – as "armas de destruição em massa", porém, nunca foram encontradas.

Nenhum dos objetivos foi cumprido. Bin Laden continua escondido e, pior, segundo pesquisas constatamos que há alguns anos a CIA não recebe uma boa informação sobre o terrorista. Os talibãs foram retirados do poder, mas já recuperaram sua força e a violência impera no país.
Muitos a exemplo do atual presidente norte americano Barack Obama, são da opinião de que os EUA, ao se aventurarem no Iraque, perderam de vista o primeiro objetivo - capturar Bin Laden, que continua foragido, e o Afeganistão, com a guerra inacabável se tornou cada vez mais violento e incontrolável.

Barack Obama anunciou o fim da guerra do Iraque. Num discurso proferido em fevereiro de 2009, o presidente dos Estados Unidos confirmou a retirada total das suas forças até finais de 2011. Demonstrando assim que os EUA não podiam suportar indefinidamente um compromisso que provocou constrangimentos para o exército e que vai custar ao povo americano perto de um bilhão de dólares.

Apesar da “guerra ao terror” a ameaça contra os EUA ainda existe e essas guerras só conseguiram cultivar mais ódio contra os americanos que continuaram por anos os ataques.

Mas afinal, essa “guerra ao terror” era com o objetivo de encontrar Bin Laden, de vingar os atentados, de fazer justiça ou esse era apenas um pretexto para os ataques e as tentativas de dominação do Afeganistão, que apesar dos anos de guerra não se rendeu aos Estados Unidos? Essa é a base de muitas teorias que acreditam na farsa do 11 de setembro, tema que deu origem a uma série de filmes e livros.

Por Othacya Lopes